Todos os equipamentos foram projetados em condições de homologação internacional para treinamento olímpico e paraolímpico das modalidades esportivas previstas, incluídas respectivas facilidades de apoio.
As demandas das atividades agrupadas no outro pavilhão levaram a um paralelepípedo mais introvertido, cuja iluminação comparecerá filtrada por dobraduras de policarbonato translúcido, criando um tecido com rica textura. A porção inferior do lado leste, contígua ao trecho mais arborizado do talude isolando o CTE do CEU, foi trabalhada com transparência. As atividades ali previstas – ginásticas olímpica e artística – muito se beneficiarão das vistas ocasionadas por esta extroversão.
A cobertura deste pavilhão, desenvolvida em camadas, a mais externa – extensiva superfície de placas plásticas para aquecimento solar – será usada no parque aquático. Absorvendo ali todo o calor incidente, permitirá que as telhas metálicas tipo “sanduiche”, abaixo, trabalhem em melhor condição de isolamento termoacústico dos interiores.
Cuidados com o meio ambiente e a acessibilidade universal.
O projeto procurou harmoniosamente conviver com o sítio, evitando que o impacto de conjunto deste porte, com pouco mais de 14.000m², pudesse provocar danos ambientais no lugar e na vizinhança.
Mesmo considerando a baixa ocupação, pela preponderância da superfície da pista de atletismo sobre os demais equipamentos, cuidados foram tomados para evitar que repercussões viessem a extrapolar seus limites.
Diversas medidas foram adotadas para melhorar a sustentabilidade energética, a partir da orientação solar adotada nas implantações e dos materiais escolhidos, passando pela utilização total das águas pluviais e dos resíduos do tratamento da piscina – armazenadas junto à Estação de tratamento de água do parque aquático – para irrigação das áreas externas e faxina de todo o conjunto, por sistemas de aquecimento passivo das águas – das piscinas e dos vestiários – com e terminais dotados de temporizadores de uso, evitando-se desperdícios decorrentes perdas e/ou vazamentos involuntários.
Procedimentos similares serão adotados para poupar energia com sistemas destinados a controlar as demandas de iluminação conforme as ofertas de luz diurna em cada ambiente.
Os cuidados tomados ao longo de todo o projeto, desde as coberturas, visam prioritariamente reduzir a necessidade de recursos ativos para ventilação.
Finalmente, cabe comentar a total acessibilidade do CTE. Tratando-se de equipamento destinado ao treinamento de esportes olímpicos e paraolímpicos, logicamente as instalações em muito extrapolam as exigências mínimas da NBR 9050.
A pista, inaugurada em 28/06/2012 e já homologada pela International Association of AthleticsFederations – IAAF, está em uso.
O pavilhão do parque aquático, mais apoios de todo o conjunto, encontra-se em construção, com término previsto para 2013.
As obras do pavilhão de esportes coletivos devem iniciar também em 2013, com previsão de término para 2015.
Ano: 2012
Autores: José Eduardo Ferolla, Eduardo Mascarenhas, Juliano Nemer, Leandro Souza Onofre, Janaina Marx.
Equipe: Flávia Lamari Lutkenhaus, Flávia Garcia Costa, Guilherme de Vasconcelos, Luiza Thompson, Marcus Braga Soares, Sarah Floresta. (Arquitetos colaboradores). Rafael Fontenelle (estagiário). Techneaço (projeto estrutura metálica) Paula machado Engenharia (projeto Estrutura de Concreto) Tese Projetos (Instalações Prediais). Planilhar (Orçamento e Cronograma).
Localização: Belo Horizonte, MG
Edifício premiado na XVIII premiação IAB-mg de arquitetura e urbanismo – obras construídas de edifícios religiosos, sociais, institucionais, culturais, educativos, de lazer e entretenimento.